2011 Recomeçar é preciso


domingo, 18 de setembro de 2011

6 anos sem Vânia

Quem não se lembra dela?
Moça bonita e saudável, presença marcada com doçura e simpatia, além do constante sorriso que escondia uma dura realidade. Tinha 25 anos e duas filhas pequenas que ainda precisavam muito dela.
Boa filha e amiga, querida por todos, morreu em 2005 durante um suposto passeio de bibicletas em frente ao parque de exposições da Violeira - Viçosa, deixando muitas saudades e indignação
Suas lembranças nos fortalecem na luta pela justiça. Com isso, nós amigos e familiares de Vânia acreditamos na promoção da via quando nos organizamos para vencer a violência.





  Passeata realizada dia 27/08/2011 - Viçosa

 


DIA NÃO A QUALQUER TIPO DE VIOLÊNCIA!
DIGA SIM A PAZ!

Viver e não a vergonha de ser feliz





















 




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E o meu medo maior é o espelho se quebrar


Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz
Eh, vida boa                                                
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)
Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás 
Eh, vida à toa
Vai no tempo vai                                                        
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)
E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já
Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar (Bis)
Espelho - Diogo Nogueira